Era uma vez um Colégio chamado Pio XII, onde numa manhã qualquer apareceu uma preá macho. Acolhida e alimentada, Dª Thereza resolveu adotar a preá, deu-lhe o nome de Pedrão, e dias depois conseguiu com o pai dos alunos Mateus e Miguel Canha, uma namorada para o bichinho e deu-lhe o nome de Maricotinha.
O nosso querido Paulo Jardim construiu uma casinha para o casal, e logo vieram os filhotes. Ao fim de dois anos, vejam vocês, a prole já somava 29 preás, que viviam soltas pelo pátio, para alegria da garotada de todas as idades.
Mas veio uma tempestade terrível, e a água inundou todo o nosso bairro, e três árvores do
Colégio caíram, e todas as preás morreram afogadas. Toda a comunidade escolar chorou, chorou muito. Mas todos juntos resolveram superar a tragédia, arregaçaram as mangas e partiram para a recuperação do que fora destruído. As árvores caídas foram cortadas e suas raízes usadas como base para plantas, no gramado do pátio e no jardim da Creche. E Eduardo Canha doou ao Colégio mais um casal de preás, e recomeçamos o trato com esses animaizinhos tão bonitinhos que não mordem, não transmitem doenças, e são muito amados pelos alunos. Tão amados que, no concurso para a escolha da mascote dos Jogos Internos de 2012, advinha qual animal foi escolhido? A preá! E o aluno vencedor deu-lhe o nome de Peter.
O tempo passou, e nossas preás começaram a ser atacadas e mortas por um gato muito mau, que sempre aparecia na calada da noite ou nos fins de semana, quando as coitadinhas não tinham ninguém para defendê-las. Foi então que Paulo Jardim construiu para elas um condomínio, e Dª Thereza mandou cobrir com uma rede, para protegê-las do terrível bichano.
Hoje, o condomínio “Pedrão e Maricotinha” tem mais de 30 gulosos e saltitantes moradores, e até um belo gramado foi plantado lá, para alegria geral.
F I M
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Eduardo Canha