A Coluna Família X Escola é tradição às quartas do Pio XII. E especialmente hoje trouxemos o artigo escrito por Jane Mary Abreu, que é jornalista e autora do livro “Tudo é perfeito do jeito que é”. Ele foi divulgado na coluna Tribuna Livre, do jornal A Tribuna, no dia 13 de outubro. Leia com carinho.
“Elogio é uma carícia que se faz na alma
Elogie uma pessoa com absoluta sinceridade e perceba o que acontece diante de você. Imediatamente ela muda o ritmo da respiração e solta um sorriso, acompanhado de um leve suspiro. Esse é um claro sinal de que uma alma foi acariciada e está profundamente grata.
Tão simples manifestar amor, não é verdade? Por que será então que somos tão econômicos para elogiar e tão fartos para criticar? Por que insistimos em economizar o amor que existe em abundância dentro de nós?
Pouco conhecemos a respeito da mais poderosa energia que existe, que sempre relegada a um segundo plano, restrita ao mundo dos poetas, jamais encarado como energia criadora da própria vida.
No ensino tradicional, o cérebro sempre sempre foi mais valorizado do que o coração. O racional sempre mais associado á inteligência, enquanto a instituição é associada ao devaneio místico. O foco desse tipo de ensino é a transmissão de conhecimento científico, não o autoconhecimento.
Na escola, a criança é incentivada a conhecer o mundo, não ela mesma. QUEM SOU EU é uma pergunta que nunca se faz a nenhuma criança, os valores humanos são apenas mencionados, jamais praticados. Forma-se para o emprego, para ganhar dinheiro, não para a vida e felicidade. E assim a convivência humana vai se embrutecendo e o mundo perdendo toda a sua beleza natural.
É compreensível, portanto, que poucos saibam a real importância do amor para uma convivência saudável entre seres humanos. Aqueles que tiveram a felicidade de nascer em lares espiritualizados, formam uma minoria de seres privilegiados que realmente vivem, e não apenas existem.
O mundo tem andado apressado demais, tecnológico demais, com pouco tempo para as coisas essenciais. O resultado é esse que a gente vê todo dia nos noticiários da imprensa: seres humanos se atacando como se fossem feras enjauladas, independente de suas inteligências reconhecidas.
Se não se conhecem, se ferem e se matam, são incapazes de manifestar o amor porque ainda não o conhecem.
O amor é a energia que permeia a vida, que mantém a ordem cósmica. Deus é amor! Nós, sua criação, também somos o amor, só que ainda não sabemos disso. Somos ignorantes na disciplina que deveria ser a principal nos currículos escolares. Junto com o português, a matemática, a história e etc., deveríamos aprender a amar uns aos outros, elogiar mais, criticar menos para viver melhor.
Já reparou uma coisa? Quando uma pessoa morre, todos ressaltam suas qualidades. Nenhum defunto é mau, a gente sempre encontra um jeito de dignificar a sua passagem pela Terra. Por que temos que esperar pela morte para reconhecer as virtudes de uma pessoa?
Precisamos parar com isso urgentemente. A vida é que merece ser celebrada, os nossos afetos vivos é que precisam ter suas qualidades ressaltadas. Essa história de ficar apontando o dedo e julgando as pessoas é coisa do ego, uma atitude muito triste que só empobrece a existência.
Elogie pelo menos três pessoas hoje e perceba a enorme diferença que esse simples gesto vai fazer na qualidade do seu dia. A gratidão que ela vai experimentar retornará a você multiplicada – a energia da gratidão é muito poderosa. Quanto mais amor oferecemos às pessoas, mais amor recebemos do Universo.
Só o amor realiza a mágica de se multiplicar quando é dividido. É fazendo as pessoas felizes que a gente é feliz.
Quanto mais amor oferecemos às pessoas, mais amor recebemos do Universo.”



