A Conferência de Berlim e suas consequências para os africanos - Colégio Pio XII

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Ao corrigir exercícios sobre América, África e Ásia, mais precisamente sobre os processos regionalizações da América e da África, o professor de Geografia, Francismar Cunha, abordou a partilha da África pelos europeus na Conferência de Berlim, realizada entre 1884 e 1885, Na ocasião  14 potências do século XIX para debater a ocupação do continente africano.

Junto com o professor, os alunos refletiram sobre os limites artificiais europeus na África, que não levou em consideração a diversidade étnica da região, e faz com que muitos países africanos ainda sofram com as consequências dessa ação. Os alunos do 9º A ficaram interessados pela forma como seu deu esses processos e sobre a situação que esses povos vivem hoje. Foi uma aula top demais!

Saiba mais:

Neocolonialismo e a Segunda Revolução Industrial

A Conferência de Berlim foi resultado do surto neocolonialista que surgiu a partir da segunda metade do século XIX. A Europa estava experimentando um grande desenvolvimento tecnológico conhecido como Segunda Revolução Industrial. Esse crescimento tecnológico promoveu avanços na produção de energia, na química e no desenvolvimento de meios de transporte mais eficientes etc.

À medida que o capitalismo sofria transformações a partir desse desenvolvimento tecnológico, surgiu como necessidade o impulso imperialista para dar continuidade no processo exploratório de matérias-primas e de obtenção de novos mercados consumidores. Os continentes africano e asiático apareceram, então, como alvo da ambição das potências industrializadas europeias.

O impulso neocolonialista no continente africano, segundo Valter Roberto Silvério, foi acirrado pelas ações de três países. Primeiramente, houve o interesse dos belgas, com o rei Leopoldo I, em uma região da África chamada Congo (atual República Democrática do Congo). Esse projeto do rei belga continuou com seu filho, Leopoldo II, que manteve um dos domínios imperialistas mais cruéis e que foi responsável pela morte de milhões de habitantes do Congo.

O segundo impulso foi dado por Portugal ao anexar regiões do interior de Moçambique. Posteriormente, Portugal defendeu a ideia do “mapa cor-de-rosa”, que estipulava a unificação territorial entre dois domínios portugueses (Moçambique e Angola). Por fim, a política expansionista francesa também contribuiu para que ocorresse uma corrida de ocupação do continente africano.

Os países europeus buscaram de maneira desenfreada tomar posse do máximo possível de territórios no continente africano. A falta de regulamentação dessa ocupação levou a inúmeros atritos diplomáticos entre esses países da Europa por disputas territoriais na África. Com o intuito de resolver essas questões, foi sugerida uma conferência internacional.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/conferencia-berlim.htm