Sábado foi dia de capacitação para a equipe pedagógica Pio XII. Enquanto uma turma grande de Colaboradores participava do primeiro módulo de treinamento da equipe de Educação Empreendedora do SEBRAE, a nossa querida Pedagoga Priscila Lamborghini – Coordenadora do Ensino Integral – assistia a palestra PRÁTICAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, ministrada pela conceituada Psicopedagoga e Especialista em Educação Infantil Regina Shudo, numa realização do SINEPE/ES.
Segundo a especialista, brincar é coisa séria e contribui para o desenvolvimento integral da criança. “Que adulto a gente gostaria que houvesse nesta sociedade?”. Com este questionamento, a psicopedagoga Regina Shudo convidou os presentes no auditório a iniciar um processo de reflexão.
Ouvindo as respostas dos participantes, Regina lançou outra pergunta importante: O que está sendo feito com as crianças para que elas se tornem adultos como desejado? A partir disso, ela iniciou sua apresentação, demonstrando toda a importância da educação infantil na vida e na formação dos pequenos.
“A fase que vai do zero aos seis anos é a de maior aprendizado; é o momento mais importante para o desenvolvimento dela. É o período em que se triplica o tamanho do cérebro. A formação neuronal só vai acontecer se nós cuidarmos, agora, daquilo que é prioridade na educação infantil: o brincar e a interação”, explicou.
De acordo com a Psicopedagoga, essas duas ações, diferentemente das atividades mecânicas e repetitivas, são as responsáveis por estimular o progresso da criança. Isso se dá pelo fato de as brincadeiras estimularem o crescimento do córtex pré-frontal, região do cérebro responsável pelo controle da atenção, raciocínio e comportamento.
A professora também destacou o cerceamento do brincar que as famílias provocam em diversos momentos, assim como o reforço da ideia equivocada de que quanto mais tarefas executam, mais inteligentes os filhos ficarão, o que não é uma verdade. Como ela argumentou, o brincar é coisa séria e é a partir disso que a criança terá ajuda para se expressar, trabalhar sua criatividade, promover a aprendizagem e ter uma fonte de prazer.
Regina também expôs a questão da tecnologia na primeira infância. Segundo ela, hoje em dia se tornou comum as famílias permitirem o acesso de crianças nessa faixa etária a celulares, tablets e afins, o que, como apontam especialistas, deve ser evitado.
“A Sociedade Brasileira, assim como a Internacional de Pediatria, dizem que de zero a dois anos, se possível, zero tecnologia; dos três aos seis, no máximo uma hora por dia. Está comprovado cientificamente que é o brincar ativo que estimula; a interação que promove o desenvolvimento da oralidade. Crianças que usam muito a tecnologia costumam ter sono irregular, e o sono na infância é fundamental. Quando em muito contato com as mídias, não desenvolvem a coordenação motora global “, analisa.
“A família, assim como a escola, são integrantes essenciais em todo esse processo de estímulo. Quando ambas as instituições se tornam aliadas, o resultado é uma criança feliz.”, ressaltou Regina.
Segundo ainda a Psicopedagoga, as instituições de ensino precisam estar atentas a, por exemplo, seus espaços, visto que eles contribuem com o aprendizado. Entretanto, o que muito se observa, ainda, são escolas com ambientes pequenos e salas superlotadas, o que impossibilita um brincar mais livre, de descoberta de outros mundos.
A nossa Pedagoga saiu muito feliz da palestra, pois todos os pontos ressaltados pela Especialista Regina Shudo fazem parte fortemente da proposta pedagógica e do cotidiano do Colégio Pio XII.


